A sexta-feira começou cedo e com boas ondas na quarta etapa do Vivo Dream Tour Maceió, apresentado por Shell. A chamada foi realizada às 7h30 e o início da ação às 8h, com as quatro baterias femininas restantes das quartas de final sendo definidas. A primeira bateria a cair na água foi a das atletas Larissa dos Santos (CE) e Jéssica Bianca (PR). Quem levou a melhor e avançou para as quartas de final foi a cearense Larissa, com a somatória de 8.23 pontos.
“Estou muito feliz por ter avançado mais um round. Sinto que ainda não consegui soltar o meu surfe. Não é nada fácil, mas estou lutando, batalhando, mas dei o meu melhor”, contou Larissa.
Na sequência, uma disputa de gerações com a jovem atleta Nicole Santos (PE) e uma das ídolas da modalidade, Diana Cristina (PB). O destaque ficou para Nicole, que conquistou a vaga para a próxima fase somando 10.67 pontos. “Esse resultado é muito importante para mim, eu estou dando meu máximo e quero ir bem no Dream Tour”, disse Nicole.
A bateria de número sete das oitavas femininas teve cara de final, já que reuniu a campeã da etapa da CBSurf Pro em Maceió de 2022, Tainá Hinckel (SC) e a pentacampeã brasileira e vencedora da primeira etapa do Dream Tour 2023, Silvana Lima (CE). Foi apenas no último minuto que Tainá garantiu sua vaga nas quartas, vencendo com 11.33 pontos. “Estou muito feliz em ter passado essa bateria, apesar de ter sido com muita emoção, mas estou grata por ter conseguido achar uma onda ali no último minuto para soltar o meu surfe”, falou Tainá.
Disputando a última vaga para as quartas de final, Alexia Ribeiro (RS) e Ariane Gomes (CE) fecharam esta fase da competição. Quem se deu melhor foi a atleta mais nova do tour, Alexia, ela conquistou 9.33 pontos e segue na competição. “O início do ano foi bem complicado, mas depois comecei a ter ótimos resultados e estou feliz. Um passo de cada vez. ”, contou Alexia.
SEGUNDA FASE MASCULINA
Os atletas do masculino disputaram as primeiras baterias homem a homem em busca dos melhores resultados. A primeira batalha por uma vaga nas oitavas de final foi entre Messias Felix (CE) e Amando Tenório (AL). Quem passou para a próxima fase foi Messias, com a somatória de 12.10 pontos. “Estou muito feliz em estar batendo de frente com a galera e ter avançado mais uma fase. A bateria foi com um grande amigo e posso dizer que não ganhei, apenas avancei com esse resultado e máximo respeito ao Amando”, disse Messias.
A segunda bateria disputada foi entre Peterson Crisanto (PR) e Fernando Junior (SP). O Urso, como é conhecido Peterson, venceu o confronto somando 12.17 pontos. “Consegui achar uma direita boa e consegui fazer duas manobras. Fazer uma boa nota logo no começo dá confiança e fica mais fácil de construir outro backup. Hoje tem altas ondas, tá um solzão, um calor e estou muito feliz nesta minha primeira vez em Maceió”, contou Peterson.
Seguindo a competição dois atletas representando São Paulo disputaram a vaga, foram eles Wesley Leite (SP) e Gustavo Ribeiro (SP). Com uma ótima esquerda, Wesley garantiu a vitória com um total de 14.00 pontos. “Foi muito divertido, estou super feliz. Repito a Deus que sou muito grato por ter saúde, pessoas boas ao meu redor, patrocinadores e tô me sentindo super bem, com tudo isso alinhado”, disse Wesley.
Edgard Groggia (SP) e Kaua Hanson (PB) disputaram a bateria de número quatro. Quem se deu melhor foi o santista Edgard, que também foi dono da primeira nota 10 do Dream Tour 2023 em Xangri-lá. Ele avançou para as oitavas com uma somatória de 13.60. “Foi bem tensa essa última bateria, o Kaua acertou a maioria dos aéreos dele e sabia que ele podia usar essa que é a melhor arma. Consegui surfar bem, de borda e backside. Tem bastante onda, muitas oportunidades, mas ao mesmo tempo não dá pra ver qual é a onda certa”, contou Edgard.
A quinta bateria foi entre Diego Aguiar (SP) e Mateus Sena (RN). O potiguar de 21 anos conquistou 11.50 pontos e a virada da bateria nos últimos momentos. “A gente se prepara muito para situações como essa não errar e eu me mantive frio, com pensamento positivo que viria a onda. É pra isso que eu trabalho, eu sabia que não ia errar”, disse Diego.
Dando sequência a competição o duelo nordestino entre Luan Ferreyra (PE) e Deyvson Santos (RN). Luan, o caçula do tour, foi em busca do tudo ou nada e em um incrível aéreo e avançou de virada na competição com a somatória de 12.13 pontos. “Estou muito feliz, o Deyvson é uma pessoa que respeito muito e acompanho faz tempo. Deus me mandou a onda, então só agradecer a torcida, minha família e meus patrocinadores”, falou Luan.
A bateria de número sete foi 100% catarinense e reuniu os atletas Luan Wood (SC) e Willian Cardoso (SC). Quem se deu melhor foi Luan, que somou 11.40 pontos. “A bateria contra o Willian é sempre muito difícil, ele é um atleta experiente. Eu mantive a calma e deu certo, consegui avançar”, disse Luan.
Hizunome Bettero (SP) e Yage Araujo (BA) se enfrentaram na bateria oito. A disputa entre os atletas resultou na vitória de Hizunome que avançou para as oitavas de final com o total de 12.73 pontos. “Estou me adaptando cada dia mais nessas condições, me sentindo preparado e confiante. Falo com a minha filha todo o dia e isso me deixa melhor, fico feliz que tudo está se encaixando”, contou Hizunome.
O confronto paulista entre Igor Moraes (SP) e Luan Carvalho (SP) aconteceu na nona bateria desta sexta-feira. O atleta de Maresias venceu a disputa com o total de 14.40. “Foi muito difícil lá na Mole onde perdi, mas hoje entendo o propósito de Deus, não sei explicar, só sinto e estou muito amarradão com esse resultado”, disse Igor.
A décima bateria foi disputadíssima, Weslley Dantas (SP) e Alex Ribeiro (SP), proporcionaram um encontro de gigantes. Quem conquistou a vaga foi Wesley, o atual líder do ranking do campeonato, que logo no início já fez uma boa nota garantindo a maior somatória até o momento, 8.50 na onda e 15.50 pontos. “Já venho fazendo essa estratégia ao longo do campeonato. O Alex é um cara bem difícil de se bater, então fico sempre de olho nesses atletas que tem mais bagagem do que nós que somos da nova geração. Então acho que o meu trabalho está sendo feito bem”, contou Weslley.
Luel Felipe (PE) e Marcos Correa (SP) disputaram a 11ª bateria que terminou com Marcos vencendo com a somatória de 11.70 pontos.
“A minha estratégia foi essa, ir pegando todas as ondas, soltando o meu surfe e graças a Deus deu tudo certo e agora é seguir na competição”, disse Marcos.
A 12ª bateria foi entre Bino Lopes (BA) e Alexandre Camargo (CE), os atletas definiram quem passou de fase em uma disputa emocionante, onde Bino tornou-se vencedor, somando 10.36 pontos. “Comecei na frente ali na bateria, fazendo um surfe mais conservador pois sabia que as condições estavam difíceis, fomos alternando a primeira colocação, aí consegui fazer um 4 na risca para passar”, contou Bino.
Gabriel Klaussner (SP) e Léo Casal (SC) deram show na bateria de número 13. Quem venceu foi Gabriel, uma grande promessa da modalidade, com o total de 14.83 pontos.
“Estou me sentindo em casa nessas ondinhas, a direita que treino muito e estou feliz em estar acertando as manobras. Quero muito ter um bom resultado, ano passado aqui fiz um quinto lugar no CBSurf Pro e agora quero fazer essa mesma colocação e até mesmo algo melhor”, falou Gabriel.
A bateria de número 14 foi entre Lucas Silveira (RJ) e Tales Araújo (SP). Quem levou a melhor foi o atleta do Rio de Janeiro, vencendo a bateria com 12.50 pontos. “Foi uma bateria boa pra mim, o mar tá bem mais devagar agora, mas troquei de prancha, peguei uma epóxi e ajudou muito. Assim fui melhorando minhas notas na bateria, a tática foi perfeita e deu certo”, disse Lucas.
A 15ª bateria foi entre Alan Jhones (RN) e Israel Junior (RN), com muita emoção e grandes manobras, o atleta potiguar entregou muita velocidade e força, desta forma levou a melhor entre os juízes com a somatória 14.67 pontos. “Eu sabia que seria uma bateria muito difícil, o Israel é um mestre nessas condições. Então eu precisava começar com notas fortes para poder chegar perto dele. Acabou dando tudo certo”, contou Alan.
Fechando o dia de competição o atletas Krystian Kymerson (PE) e Douglas Silva (PE) entregaram uma batalha entre grandes surfistas, finalizando com Douglas como vencedor da bateria somando 10.23 pontos. “Sabia que seria uma bateria difícil pelo Krystian ser um dos melhores surfistas do Brasil, então quando fiz as duas melhores ondas não perdi tempo e colei nele devagarinho, aí ele não conseguiu pegar mais onda, aí acabou que esse posicionamento de marcação deu muito certo”, disse Douglas.