Desde que comecei a surfar com uma prancha de madeira em 1964, jamais imaginei que o surfe no Brasil alcançaria a dimensão que tem hoje, muito menos que teríamos piscinas de ondas por aqui. A evolução do surfe brasileiro era algo que eu já previa pelo talento natural dos brasileiros, mas o surgimento dessas piscinas de ondas e a ascensão desse mercado é realmente surpreendente e promissor.
Hoje, vemos esse mercado crescendo de forma incrível. Nos Estados Unidos, temos o Surf Ranch, que o Kelly Slater construiu, na Austrália também temos piscinas, na Europa elas não param de surgir, e agora o Brasil não fica para trás. O Boa Vista Village, por exemplo, é um lugar que tem se tornado um verdadeiro paraíso para mim. Sempre que vou a São Paulo, sinto a necessidade de manter a atividade física, e agora, com a piscina de ondas, isso se tornou muito mais prazeroso.
Antes, eu costumava correr no Parque Ibirapuera ou pelas ruas, mas nada se compara a passar um dia surfando em uma piscina de ondas. Tenho ido regularmente ao Boa Vista Village, geralmente uma vez por mês, onde passo três ou quatro dias. Dedico sempre um desses dias à piscina de ondas, onde a diversão é garantida. O ambiente é maravilhoso, com várias opções de ondas e uma culinária deliciosa. Além disso, sempre encontro amigos por lá, como o Eduardo e o Paulo (Barcellos), e o Rafael Carvalho, que é apaixonado por surfar na piscina.
Deixei duas pranchas por lá – uma biquilha de seis pés e uma Hipster 5’10” – para os hóspedes usarem, e elas têm sido bastante aproveitadas. Inclusive, recebi encomendas diretamente de lá. Agora, estou surpreso com a nova geração que está surgindo, uma garotada de 8 a 12 anos que está surfando demais! Estou fazendo uma prancha 5’1″ especialmente para eles, porque essa molecada merece.
Ver essa evolução é muito gratificante. A piscina de ondas, além de proporcionar essa atmosfera incrível de estar com amigos e pegar ondas, cansa bastante. Quando você tem a oportunidade de participar de várias sessões, é uma onda atrás da outra, sem parar.
Normalmente, há quatro ou cinco pessoas na água, entrando e saindo, em um fluxo constante. E o sistema mecânico (American Wave Machines com tecnologia PerfectSwell®) deles é fantástico, enviando uma onda atrás da outra, tanto direitas quanto esquerdas.Por conta disso, fiz uma prancha menor para mim, de 7’10”, o que facilitou bastante para entrar nas ondas e fazer manobras mais curtas. Já estou até fazendo outra prancha menor ainda para continuar essa diversão. Tem sido uma experiência extremamente agradável, e quero aproveitar para agradecer por fazer parte desse ambiente tão especial.
Se alguém estiver interessado em se divertir e investir nesse mercado, recomendo procurar o Boa Vista Village, diversão garantida. Além de tudo, é uma ótima oportunidade para desenvolver novos modelos de pranchas, testando-as diretamente nas ondas.
Minha relação com o Rafael Carvalho também tem sido incrível. Ele é um surfista apaixonado, adora pegar ondas grandes, e já fiz mais de 20 pranchas para ele. O feedback dele tem sido essencial para o meu trabalho, e essa parceria é algo espetacular. Quero deixar um abraço para todos os meus amigos de São Paulo.
O Romeu Andreatta sempre brinca que eu sou o carioca mais paulista, porque sempre me senti muito bem em São Paulo. Gosto de trabalhar lá, e os negócios fluem. Os paulistas valorizam quem trabalha sério, e sempre recebo oportunidades por lá. Então, em breve, estarei de volta ao Boa Vista Village para surfar e curtir esse lugar incrível.
Aloha e boas ondas, Rico de Souza!