A temporada 2025 da WSL Championship Tour (CT) vai começar oficialmente. No dia 29, será dado início ao show dos melhores surfistas do mundo no Lexus Pipe Pro apresentado por YETI nos tubos de Banzai Pipeline, na ilha de Oahu, no Havaí. O evento vai marcar o começo de uma edição histórica que reunirá, ao todo, 12 etapas, três a mais que no ano passado e o maior número desde 1996, quando 14 foram realizadas.
Os eventos, disputados nas categorias masculina e feminina, trarão uma diversidade no tipo de ondas passando por tubos pesados, ondas de alto desempenho e picos clássicos do surfe como Snapper Rocks, na Austrália, e Jeffreys Bay, na África do Sul, que retornam ao calendário da WSL. Palco do WSL Finals no ano passado, Lower Trestles, nos Estados Unidos, vai acontecer na primeira semana de junho, poucos dias antes da maior etapa de surfe do mundo, que acontece no Brasil, em Saquarema, no Rio de Janeiro.
Já o corte será feito após o sétimo evento, em Margaret River, na Austrália. Em agosto, na etapa do Taiti, em Teahupoo, vão ser definidos os cinco surfistas do masculino e as cinco do feminino que vão se classificar para o WSL Finals, que será disputado pela primeira vez no lendário pico de Cloudbreak, em Fiji, substituindo Trestles, nos Estados Unidos. Outra novidade será a entrada da piscina de ondas de Abu Dhabi no cronograma da WSL.
Brasil domina mais uma vez
A seleção brasileira da WSL está preparada para iniciar a corrida pelo oitavo título de campeão mundial este ano. Das últimas dez disputas, os brasileiros conquistaram sete títulos, desde que Gabriel Medina colocou o país na Galeria de Campeões da WSL, em 2014.
O segundo já veio no ano seguinte, com Adriano de Souza. Coube ao havaiano John John Florence, que este ano fará uma pausa no circuito e não competirá, ser o grande rival do Time Brasil após o domínio da Brazilian Storm. O havaiano faturou o bicampeonato em 2016 e 2017 e voltou a interromper a série de triunfos verde-amarela no ano passado ao vencer Ítalo Ferreira na última bateria do WSL Finals.
Os outros brasileiros campeões foram Medina mais duas vezes (2018 e 2021), Italo Ferreira (2019) e Filipe Toledo também duas vezes (2022 e 2023).
“O surfe da América Latina vem forte mais uma vez e segue fazendo história. Teremos o mexicano Alan Cleland Jr. tornando-se o primeiro de seu país a disputar o CT e, no feminino, a costa-riquenha Brisa Hennessy. Além deles, muitos brasileiros disputarão o campeonato, sendo alguns deles como Italo Ferreira, Filipe Toledo e Yago Dora favoritos ao título e principais alvos a serem batidos”, analisou Ivan Martinho, presidente da WSL na América Latina.
“Há uma predominância do surfe latino no cenário mundial, sobretudo, do Brasil. Isso se reflete inclusive no número de atletas que estarão nos representando no CT deste ano. Dez brasileiros vão iniciar no masculino, graças aos excelentes resultados e domínio que tivemos no Challenger Series 2024, e mais a Tatiana Weston-Webb e a Luana Silva, no feminino”, completou.
Além dos brasileiros, o quadro no masculino será formado por seis australianos, quatro havaianos, quatro norte-americanos, dois sul-africanos e dois japoneses. Completam a lista um marroquino, um italiano, um francês, um indonésio e um mexicano.
Já o time verde-amarelo será formado pelos campeões Filipe Toledo e Italo ferreira, primeiro medalha de ouro da história do surfe nas Olimpíadas, além de Yago Dora, João Chianca, Samuel Pupo, Ian Gouveia, Alejo Muniz, Deivid Silva, Miguel Pupo e Edgard Groggia.
Por causa de lesão sofrida no início do ano em Maresias, no litoral norte de São Paulo, Gabriel Medina não inicia a temporada pois está em recuperação de uma cirurgia. O retorno ou não do surfista para as competições será reavaliado por ele e seu estafe após a disputa da terceira etapa do CT. Independentemente do retorno ou não, ele já garantiu um wildcard para 2026. Por enquanto, a vaga para substituir o paulista está com o havaiano Ian Gentil.
Já no feminino, o Brasil será representado por Tatiana Weston-Webb, que foi medalha de prata nos Jogos de Paris-24 e ficou com a terceira colocação no CT 2024, e Luana Silva, que ganhou um wildcard após a desistência da octacampeã Stephanie Gilmore.
História brasileira é rica em Pipeline
Italo Ferreira foi o último brasileiro a vencer o desafio nos tubos de Pipeline, que é palco de etapas válidas pelo título mundial desde o primeiro circuito em 1976. Na primeira edição, o carioca Pepê Lopes colocou o Brasil na final, ficando em sexto lugar na vitória havaiana de Rory Russell. Depois, passaram-se 20 anos para o Brasil aparecer nas semifinais, com Guilherme Herdy, em 1996, e Renan Rocha, em 2000.
Gabriel Medina, por sua vez, chegou na final cinco vezes nas últimas dez edições. A primeira foi em 2014, quando já tinha festejado o primeiro título mundial do Brasil e perdeu a decisão para o australiano Julian Wilson. Em 2015, foi vice-campeão de novo contra Adriano de Souza, mas se tornou o primeiro brasileiro a vencer a Tríplice Coroa Havaiana.
O título de Pipe Masters veio em 2018, coroando o bicampeonato mundial sobre o mesmo Julian Wilson. Em 2019, Medina perdeu a decisão do título mundial para Ítalo Ferreira e em 2020 foi vice na final com John John Florence.
Todas as etapas do WSL Championship Tour 2025 poderão ser acompanhadas pelos fãs ao vivo no site worldsurfleague.com, do aplicativo e do canal da WSL, no YouTube, além do Sportv e do Globoplay, parceiros de mídia da WSL no Brasil.
Sobre a WSL
A World Surf League (WSL) é a casa do surf competitivo no planeta, coroando campeões mundiais desde 1976, apresentando os melhores surfistas do mundo. A WSL supervisiona o cenário competitivo global do surf e estabelece o padrão para o desempenho de alta performance no ambiente mais dinâmico de todos os esportes. Com um firme compromisso com os seus valores, a WSL prioriza a proteção do oceano, a igualdade de gêneros e a rica herança do esporte, ao mesmo tempo que destaca a progressão e a inovação. Para mais informações, visite o WorldSurfLeague.com.