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As ondas chegaram a quase 10 pés (cerca de 3 metros) nas séries, exigindo muito da atitude e preparo físico em dia dos competidores. A primeira categoria a entrar na água nesta quinta-feira foi a Longboard (35+) (para atletas com idade acima de 35 anos).
Com a arrebentação difícil de passar, os atletas tiveram que entrar pelo canal ao lado do costão do Recreio, distante cerca de 300 metros à esquerda do centro técnico do Rio Surf Festival.
O destaque dessa primeira fase da Longboard (35+) foi o alagoano Fábio Alves, que soube se colocar bem nas difíceis condições e surfar duas ondas boas para somar 8.97 pts, a maior desta fase em sua categoria.
A Longboard (50+) (para atletas acima de 50 anos) foi pra água na sequência com mais três baterias. O veterano Paulo Sefton (SC) venceu o primeiro confronto marcando 5.53 no somatório, com o paranaense Márcio Costa em segundo. “Entrar no mar está fácil pelo canal, mas chegando lá fora as condições estão bem pesadas, com uma correnteza forte e as ondas com quase 3 metros de face” disse Costa ao sair da água.
A melhor performance dessa primeira fase da Longboard (50+) foi a do paulista Daniks Fischer, que somou 6.30 em seu somatório e avançou em primeiro lugar na sua bateria. Daniks fez parte da geração de atletas que disputaram o circuito brasileiro da ABRASP nos anos 90, e se mantém na ativa até hoje nas competições, agora nessa nova fase da CBSurf.
Semifinais Longboard (35+)
Com uma escolha de ondas diferenciada nas difíceis condições desta quinta-feira, o carioca Jeferson Silva foi soberano na primeira semifinal com o excelente somatório de 11.93 pts em suas duas performances. Ele avançou em primeiro para a grande final, seguido pelo cearense Geraldo Neto.
No confronto seguinte domínio nordestino na segunda semifinal, com a vitória do alagoano Fábio Alves, que marcou a melhor nota da disputa (4.50) para deixar o sergipano Robson Fraga na segunda colocação. Ambos se classificaram para a final da Longboard (35+).
Semifinais Longboard (50+)
A sequência de semifinais continuou na praia da Macumba com a Longboard (50+). Daniks Fischer (SP) foi o destaque desse round com a maior nota da categoria, quando marcou 7.17 pts em sua quarta apresentação na primeira semifinal. Ele já havia feito 4.33 pts em sua onda anterior, para somar imbatíveis 11.50 pts e chegar à final.
“O mar está com 8 a 10 pés nas séries, uns 3 metros pesado. A onda que eu tirei 7.17 pts deveria ter esse tamanho. Dropei e corri pro bico esperando ela armar um pouco mais na frente, o que de fato aconteceu. Fiquei meio inseguro se ia ou não ia, e ainda consegui fazer dois bicos até chegar na junção, onde fiquei só olhando ela quebrar. Estou feliz com o resultado e com as ondas grandes para equilibrar a balança, já que nas outras duas etapas o mar não passou de 1 metro” comentou Daniks Fischer.
Na segunda semifinal o paraibano Johnson Jaques foi o melhor, carimbando sua vaga para a final na primeira colocação, com o paranaense Márcio Costa na segunda posição, superando o paulista Carlos Pereira em terceiro.
Longboard Progressivo estreia na competição
A novidade desta primeira edição do Rio Surf Festival foi a estreia da categoria Longboard Progressivo na grade de competição da Confederação Brasileira de Surf. O objetivo foi diferenciar as manobras clássicas executadas tradicionalmente no pranchão, com as novas abordagens praticadas pelos atletas da modalidade.
“A categoria Longboard Progressivo era aquele anseio que os atletas estavam querendo para apresentarem performances radicais como batidas fortes na junção, que no longboard tradicional foram suprimidas. Nessa categoria o que não é relevante são as manobras clássicas de bico, e o destaque fica para as manobras fortes como batidas, snaps, aéreos e rasgadas com amplitude” revelou Mauro Rabelé, um dos ‘head judges’ do Rio Surf Festival.
Oito baterias formaram o primeiro round da categoria, e o destaque disparado desta fase foram as performances do local da praia da Macumba Marcelo Freitas. Ele somou incríveis 14.43 pts em seu somatório, depois de surfar duas ondas boas na escala de pontuação (7.43 e 7.0 pts).
“Acho que essa categoria demorou muito pra voltar. Foi um grande acerto da CBSurf e podem ficar de olho porque essa categoria vai ser um grande sucesso. Se continuarem investindo nessa modalidade, voltarei a competir e estarei disputando todas as etapas, não só eu, mas muitos outros atletas” declarou Marcelo Freitas, tricampeão mundial consecutivo da ISA em 2000 no Brasil, 2002 na África do Sul e 2004 no Equador.
Semifinais Sup Surf (35+) Masculino
Essa categoria também iniciou sua primeira fase na competição nessa quinta-feira com a disputa de duas semifinais. No primeiro confronto teve dobradinha catarinense com a vitória de Adriano Trinca Ferro, seguido de Carlos Veloso, ambos avançando à final.
Na segunda semi foi a vez dos paulistas comandarem as ações, com Leandro Alemão finalizando em primeiro lugar e Rodrigo Ramos em segundo. A final desta categoria será um duelo de catarinenses e paulistas pelo título da etapa.
Segunda fase do Longboard Progressivo fecha o décimo dia do Rio Surf Festival
O mar ficou mais alinhado no período da tarde, e ainda apresentou ondas pesadas com até 2,5 metros nas séries para as quatro baterias da segunda fase da categoria Longboard Progressivo.
No primeiro confronto o santista Alex Salazar foi mais radical durante toda a disputa e somou 11.00 pts, deixando Marcelo Freitas (RJ) em segundo. Freitas só conseguiu sua classificação nos minutos finais, quando achou uma direita salvadora e muito manobrável até a beira para marcar 5.67 pts e virar o resultado em cima de Jefson Silva (SP), que terminou em terceiro, seguido de Antonio Robles (RN) em quarto.
Na bateria seguinte Reginaldo Nascimento (PE) foi o vencedor, superando Danilo Santos (SP) na segunda colocação por apenas 0.37 décimos. Não deu para Leonardo Gimenes (SP) em terceiro e Jeferson Silva (RJ) em quarto lugar.
O cearense Geraldo Neto começou bem a terceira bateria com uma nota 6.33 pts, o que lhe deu tranquilidade para vencer a disputa, seguido pelo capixaba Alexandre Escobar.
O fato marcante desse confronto foi a lesão sofrida pelo experiente Carlos Bahia (SP) na metade da bateria, quando caiu de mal jeito após quase completar uma batida próxima ao poderoso inside da Macumba. Ele recebeu ajuda pra sair da água e foi prontamente atendido pela equipe médica que está trabalhando no evento.
A última bateria do dia teve a atuação de alto nível do carioca Rodrigo Sphaier, que definiu o confronto logo em suas duas primeiras ondas. Ele abriu a disputa marcando 7.00 pts, e na onda seguinte complementou com 6.17 pts para finalizar em primeiro lugar. Na segunda posição ficou Gabriel Nascimento que também garantiu sua vaga na semifinal, deixando pra trás os paulistas Wenderson Biludo (3º) e Carlos Pereira (4º).
Premiação do Rio Surf Festival 2024 – segunda semana
O evento tem o patrocínio do Governo do Estado do Rio de Janeiro e da Secretaria de Esporte e Lazer, e distribuirá R$100.000,00 (cem mil reais) para a categoria Longboard (R$70.000,00 – setenta mil reais para a modalidade Tradicional e R$30.000,00 – trinta mil reais para o Progressivo), R$70.000,00 (setenta mil reais) para o Sup Surf Masculino e Feminino e R$50.000,00 (cinquenta mil reais) para o Sup Race, totalizando a premiação recorde de R$220.000,00 (duzentos e vinte mil reais).
A primeira chamada para esta sexta-feira (28), do Rio Surf Festival 2024 será feita às 07:30 h com início às 08:00h na praia da Macumba com o terceiro round da categoria Longboard Progressivo abrindo o penúltimo dia de competição.
Assista as emoções do Rio Surf Festival 2024 ao vivo pelo canal CBSurfPLAY e no site www.cbsurf.org.br . Acompanhe também a cobertura do evento nas redes sociais da CBSurf pelo Instagram da entidade.
Rio Surf Festival 2024 – Praia da Macumba – Rio de Janeiro
Realização: Confederação Brasileira de Surf – CBSurf e FESERJ (Federação de Surf do Estado do Rio de Janeiro).
Patrocínio: Governo do Estado do Rio de Janeiro e Secretaria de Esporte e Lazer
Apoio: Fu-Wax, Surfland Brasil, Recreio Surf Club, Efatá Estruturas e Jisk.