O esporte transforma vidas. Apesar de clichê, essa máxima é aplicável em vários casos relacionados à modalidades esportivas. No surfe há casos extremos como da havaiana Bethany Hamilton, que perdeu um de seus braços ao ser atacada por um tubarão. Ou mesmo de Alcino Pirata, surfista conhecido mundo afora por conta da técnica que desenvolveu para pegar altos tubos. Ou mesmo o nosso campeão mundial de surfe adaptado, Davizinho Radical.
No caso de, Thiago Lima, 33 anos, a descoberta do surfe veio a partir de uma tragédia vivida em um infeliz acaso da vida. À época, ano de 2015, Thiago foi surpreendido por uma ação de bandidos que alvejavam uma pessoa que estava próxima ao bar em que ele e seus amigos conversavam, no bairro de Cosmos, Zona Oeste Carioca. Ele foi atingido por armas de grosso calibre, e chegou a correr risco de morte. Após o incidente, Thiago se recuperou e começou a pensar no surfe como um esporte, mesmo sem incentivo de ninguém e morando em, Campo Grande, bairro da Zona Oeste do Rio, que fica a cerca de 20 km da praia.
“Ninguém me incentivou ou falou pra eu começar a surfar. Coloquei na cabeça e fui surfar. Lembro que um cara ainda falou que eu não iria conseguir. Aí meti a cara e fui aprendendo”. diz ele que atualmente surfa praticamente todos os dias. Agora Thiago, que tem limitações em uma das pernas e por conta disso utiliza uma muleta, já planeja trazer mais um título mundial para o surfe brasileiro, o título em sua categoria no Mundial de Surf Adaptado:
“Meu objetivo é ir pro mundial , ganhar o mundial de surfadaptado Estou treinando todos dias , treinando de skate. Mas por enquanto estou sem patrocínio. Aproveito a oportunidade para dar um alô nos empresários que possam me ajudar de alguma forma”, diz ele sempre determinado.
Sua categoria ainda não foi definida, e nesse caso a CBS ( Confederação Brasileira de Surfe) envia o
um laudo sobre o grau de sua lesão para a ISA ( International Surf Association) órgão responsável pelo surfe nos Jogos Olímpicos, que também organiza os mundiais paralímpicos. A partir daí, a entidade homologará a categoria na qual Thiago poderá competir.
Thiago competiu no Desafio Rio x São Paulo de Longboard, realizado na Praia da Macumba, e mesmo competindo contra competidores sem limitações físicas, conseguiu ficar em terceiro lugar na categoria Iniciante. Ele competiu entre os caras segundo ele “normais” e mesmo sendo deficiente, terminou em terceiro. O que segundo ele, o deixou muito feliz lhe dand ainda mais ânimo para buscar um título no mundial.
“Competi com pessoas que não têm deficiência e consegui ter um bom desempenho. Estou super ansioso e com muita vontade de competir. O surfe transformou minha vida e me trouxe novos limites e muita força para seguri em frente. Vou com tudo para esse mundial!, conclui Thiago.
O Mundial de Surfe Adaptado 2022 “World Para Surfing Championship” será realizado de 4 a 11 de dezembro de 2022, em Pismo Beach, Califórnia.
NR: Atenção empresários, oportunidade de ouro para investir em uma boa causa!