É preciso entender que a WSL é empresa privada e, assim como todas as tais, se obriga a visar o lucro como meta prioritária. A WSL é uma liga profissional e os que a ela se ligam profissionalmente passam a se obrigar a seguir as suas regras para receber seus rendimentos e suas premiações, como acontece em qualquer empresa privada do mundo. Um Campeonato mundial teria uma configuração e um organograma completamente diferente do que tem a Liga Mundial de Surf (WSL) que hoje proporciona aos fãs que assistem a todos os eventos produzidos por ela, gratuitamente, nas praias ou pelas várias que ela exibe o conteúdo. Isso ocorre justamente porquê tem patrocinadores pelo mundo, “bancando” os enormes custos de organização estrutura, etc.., além dos milhares de dólares de premiação, a cada etapa, em alguma bancada mundo afora… Se não conseguirem patrocinadores, que banquem tudo isto, a empresa fecha e a Liga acaba!
Vários esportes tem campeonatos mundiais e ligas – O surf original, o aquático, tem no seu primo do asfalto, o skate, um campeonato mundial e outros eventos internacionais, como o X-Games, que premia mais e da mais destaque que o próprio mundial. O board – (conselho) da WSL – fez inúmeras e extensas reuniões buscando solucionar o problema (sério) que se tornou a tempestade Brasileira ou “Brazilian Storm”, e seu respectivo domínio de vitórias nas etapas da liga mundial! A liga sempre tentou se reinventar e melhorar as condições e sempre buscou atender os pedidos e as demandas dos atletas no intuito de evoluir de todas as maneiras!Os novatos que adentram no tour competem com os líderes na primeira fase. Posteriormente se obrigaram a criar uma final em Trestles.
Inventaram o corte no meio do ano – Este ano mudaram o conceito de manobras modernas e progressivas deixando de valorizar os aéreos da mesma forma que nos anos anteriores, para evitar que Brasileiros ganhassem todos os eventos, etc etc, várias foram as tentativas todos os anos!Ano passado o tal corte no meio do ano fez mais um Brasileiro, o João, sair do World tour.Mas ele disputou a segunda divisão e voltou, mostrando que não somente seu lugar é na elite como pegou a camisa amarela de líder este ano e ninguém tirava dele nas etapas que antecederam a piscina pois foi o que melhor entendeu a nova regra, anunciada para 2023, de valorização das manobras de borda em relação aos aéreos. É um retrocesso no julgamento e vai de encontro a máxima de valorizar manobras inovadoras e progressivas, mas foi a única maneira encontrada de evitar uma final, na Califórnia, exclusivamente Brasileira!
Nota – Aconteceu no Judô, olímpico e mundial, algo semelhante. Os lutadores do leste europeu começaram a ganhar dos japoneses e outros “catando” as pernas dos adversários e os derrubando a todos. Então mudaram as regras e, desde então , ficou proibido derrubar catando as pernas e as vitórias voltaram a ser divididas entre os países. Tudo se configurava para ter Gabi, Ítalo, Filipe e João em Trestles, algo muito ruim para a empresa e para o circuito da Liga, que chamamos de circuito mundial. Com Kanoa que representa os orientais e Leo, os europeus, ambos surfando bem, mas um dedo abaixo dos quatro citados (e praticamente sem chances de ir para as finais),o ano de 2023 se configurava comprometido em manter patrocínios que viabilizem a WSL enquanto empresa privada pois, inclusive, o americano Havaiano John John voltou a ser instável e o Australiano Jack Robinson também ainda não voltou a forma, desde que se lesionou, e os funcionários da WSL.
Precisaram fazer algo para não ter somente Brasileiros nas finais em Trestles, na Califórnia – Em especial na etapa da piscina pois a etapa posterior será em El Salvador onde os Brasileiros estão acostumados e surfam muito, e, posteriormente, no Maracanã do Surf, Saquarema, e lá os Brasileiros ainda tem o tal do mítico “décimo segundo jogador “ que é a torcida Brasileira. Como o americano Griffin e o Australiano Ethan são, junto com J.John e J.Robison os únicos não Brasileiros com chance de evitar as finais em Trestles exclusivamente composta de Brasileiros e estão se obrigando a “tendencionar”as notas em favor de algum destes quatro nos eventos, mesmo fazendo sem nenhuma vontade, nenhum prazer, e com vergonha, certamente! Mas quantos milhões de funcionários de empresas não se obrigaram a fazer isto em algum momento de suas vidas profissionais pela empresa que paga suas contas desde o início da revolução industrial?
E para finalizar, o que houve na piscina – Medina inventou, Filipe passou a fazer e agora Italo também faz! Eles ficam fazendo gestos constrangedores e ameaçadores aos juízes ao finalizarem suas ondas. Em muitos esportes seriam desclassificados. Será que não é por conta destes gestos polêmicos que décimos são tirados deles? Será que não é por isto que João, que também é Brasileiro, mas não reclama nem encara, não teve problemas com suas notas e ficou várias etapas com a camisa amarela de líder? E João continua o Brasileiro mais bem colocado no ranking da liga mundial e candidato a vaga olímpica, pois como não existe campeonato mundial de Surf, os dois de cada país mais bem colocados na liga mundial de surf ainda é o parâmetro primeiro para um surfista disputar as olimpíadas. E olimpíadas, em Teahuppo, sem Medina ou Italo, e com Filipe, e sua limitação específica aquela onda mítica, sera pano de manga para muita discussão, adiante!
Então não cabe ao brabo Ítalo, ídolo, a ficar de olho neles(sic) mas os funcionários da liga é que estão de olho, e vendo, tudo…para depois escrever a nota na filipeta! E ainda bem que esta bem assessorado pois ótimas foram as palavras, calmas e sensatas, do Ítalo no pódio, que deveria-por mérito-ter ele como campeão! Não foi encarando juízes que Ítalo Fereira foi campeão mundial e campeão Olímpico.
Aloha!