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Exclusivo: Lucas Silveira dropa no Ricosurf

Escrito por

Ricosurf.com.br

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Publicado em:

02/04/2024

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Atualizado em:

02/04/2024

-

14:13

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6 min de leitura

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Lucas Silveira vence em Saquarema Surf Pro 2023- Foto: divulgação.

 

Aos 28 anos, Lucas Silveira tem conquistado destaque em diversas competições. Após uma vitória significativa em uma etapa do QS 3 mil, realizada em março, na Praia Mole, Santa Catarina, ele volta com tudo para seu principal objetivo: a vaga no CT, elite do surfe mundial. Na entrevista abaixo ele compartilha seus altos e baixos. Silveira está confiante e focado em seu planejamento para as competições, destacando a importância do desempenho no Challenger Series 2024 para garantir uma vaga no CT.

Sua rotina de treinamento tem sido intensa, com um forte foco no surf diário e treinamento funcional com Marcelo Amaral. Além das competições, ele valoriza as surf trips em busca de ondas grandes e boas, destacando sua paixão por tubos. Lucas produz conteúdo sobre seu trabalho no canal do YouTube Hammer Tales, que começou durante a pandemia e se tornou uma marca. Por fim, ele fala sobre sua abordagem em relação às diferentes pranchas, sua opinião sobre o atual julgamento na WSL e a importância de escolher a prancha certa para cada momento importante das competições. Confira!

 

Lucas Silveira – Foto: Luciano Santos Paula.

Fale sobre seu momento atual em termos de planejamento de competições?
O momento atual está bem favorável depois da vitória na Mole. O competidor tem seus altos e baixos. No ano passado, tive um momento parecido depois de Noronha, consegui me garantir no Challenger Series. Entrei no Challenge com muita expectativa, mas meu desempenho foi um pouco decepcionante. Estava mal este ano e precisava de um resultado bom. Treinei e tenho mais uma oportunidade. Dos 80 competidores no CS, todos têm chances de conseguir a vaga pro CT, então é bem difícil, mas vamos para mais essa.

Como tem sido sua rotina de treinamentos?
A rotina de treinamento desde o início do ano até o campeonato da Mole (QS 3 mil) foi bem intensa. Depois do campeonato, tirei umas férias porque houve algumas situações de procedimentos com minha filha e foi bem estressante. Então, tiramos umas férias na neve, algo diferente. Mas agora, em abril, volto com tudo porque logo teremos o CS começando na Austrália.

 

Como está seu quiver atual?
Estou bem feliz com meu quiver, as pranchas que mais tenho usado são as Mayhem, elas estão muito encaixadas. Faz um tempo que estou usando elas e no momento estão particularmente boas. Estou bem confiante com as pranchas, para todas as condições. Também conto com o patrocínio da Layback, Blu, Farms, Barra ecoclean, Lá Brasaria, Grupo Urbam.

Além das competições, quais são seus objetivos em termos de surf trips?
As competições são meu principal objetivo, mas sempre gostei de fazer trips atrás de ondas grandes e boas. Faz um tempo que não faço esse tipo de viagem e sempre estou monitorando o swell. Pegar tubos é o que mais gosto de fazer, mas a prioridade é o Challenger.

Quais são os fundamentos/manobras que você tem procurado aperfeiçoar?
Tenho focado mais em tentar colocar mais velocidade no surfe, no flow, e focar bem no power, que acredito ser meu diferencial. Treinar manobras grandes, diferenciadas, rasgadas, laybacks, batidas, manobras que chamam nota. Ainda mais no critério de hoje, que está super crítico nos aéreos. No jeito que as notas estão saindo, vou focar no power surf.

Lucas Silveira – Foto: Poulenot

Quais são seus picos preferidos para treinar?
Meu pico preferido para treinar é qualquer um. Tento surfar todos os dias, em qualquer condição. Surfo bastante na frente de casa, no Novo Campeche e na Praia Mole. Quando você se acostuma a surfar com o balanço da  Praia Mole, acaba achando as ondas até mais fáceis porque aquela onda é muito difícil.

Quem são os surfistas que lhe inspiram?
Mesmo ele estando aposentado, gosto muito do Mick Fanning. Sempre admirei muito a postura dele, dentro e fora da água. E todos os brasileiros, alguns da minha geração, como o Gabriel, Ítalo, Felipe e o Yago, que é um dos meus melhores amigos. A gente cresceu surfando junto, e o que eles fizeram no surfe é muito inspirador. Por serem pessoas próximas, inspiram muito.

Existe alguma onda que você não conhece e pretende conhecer esse ano?
Ondas que ainda não fui, mas estão na lista. Não sei se vai dar pra ir este ano. Não vou espalhar agora, mas quando rolar de ir, a galera vai saber.

 

Lucas Silveira- Foto: Smorigo

Quais suas principais metas para 2024?
Minha meta para o surfe em 2024 é classificar para o CT.

Fale seu trabalho no Hammer Tales, seu canal no Youtube:
O Hammer Tales começou durante a pandemia com o Bad Films, que teve a ideia de fazer um canal no YouTube. A gente iniciou e tivemos uma resposta muito boa. E como não estava tendo campeonato nem viagem, a gente seguiu fazendo. Com a resposta positiva, começamos a fazer camisetas também e acabou naturalmente virando uma marca. Mas no momento está indo, mas não estou mais tão preocupado, porque meu foco principal são as competições, a família. Então, não tenho pressão de ter que fazer algo, mas quando gero um material legal, eu posto. A marca está saindo, devagar, mas está indo. Outra coisa legal sobre o canal é que quando marco com o filmmaker e vou para a sessão, gera uma responsabilidade e acaba que tenho mais foco. Penso, tem que render. Às vezes, não é fácil em uma sessão de duas horas você conseguir gerar um bom conteúdo.

Você tem curtido surfar com pranchas diferentes: biquilhas, fishs, etc?
Curto bastante surfar com pranchas diferentes. Teve uma época que eu estava usando bastante biquilha, fish. Então acho que toda prancha tem um jeito de aproveitar o máximo. Às vezes, até uma prancha estranha pode te proporcionar uma linha alternativa, e isso agrega bastante. Gosto muito de dar essa explorada. Na temporada de competições, uma atrás da outra, é mais difícil, mas gosto de dar um surfe mais relaxado, com essas pranchinhas.

 

Lucas Silveira Campeão

Lucas Silveira Campeão em Noronha – Foto: Daniel Smorigo

O que você tem achado do atual julgamento na WSL?
O julgamento atual da WSL tem causado bastante repercussão, mas acho que é um assunto bem complicado. Agora, com o público acompanhando, principalmente no Brasil, é meio parecido com a torcida de futebol. Eu assisto o jogo do meu time, falo um monte, mas se eu fosse jogador de futebol e fosse chutar a bola, nem ia chegar na linha da área. Faz parte da nossa cultura; quando o cara erra, o torcedor fala até minha vó fazia. E isso está acontecendo com o surfe. O critério mudou bastante nos últimos anos. Quando o Medina chegou no circuito e começou com uns aéreos bem diferentes, ele dominava muito com esse tipo de aéreo. De tanto os caras darem aéreo, os juízes começaram a ficar cada vez mais exigentes e críticos com esse tipo de manobra. Aí eles voltaram a valorizar a linha e o power surfe, o que é muito bonito. Acho que nunca vai sair de moda um surfe de borda bem feito. O que acontece é um leigo olhando e falando: como uma rasgada pode valer mais que um aéreo? Mas uma rasgada muito bem feita não é todo mundo que faz. Então, se é tão simples, por que não é todo mundo que faz? Já tive baterias que achei que fui prejudicado e baterias que acho que fui ajudado. As baterias muito próximas sempre causaram discordância do lado perdedor. O surfe é um esporte muito subjetivo e sempre terá essas polêmicas.

 

Qual seu tipo preferido de onda para competir, e em qual você não se sente tão bem?
A condição que eu gosto mais é quando o mar está grande e desafiador. O que acontece bem pouco, é raro ter condições assim. Então, acho que é um desafio a mais você se conectar com o mar forte, você sente mais a natureza quando está com ondas de 10 pés fora de controle. Acaba que você não se preocupa tanto com os competidores e só com a sobrevivência e a conexão com o mar. Então, esse é meu tipo de me conectar com o mar. Há um tempo atrás, quando as ondas estavam pequenas, eu tinha bastante dificuldades, mas não me vejo mais vendo isso como desvantagem. Encontrei pranchas que me ajudam a surfar nessas condições, pranchas de epoxi, com bastante volume. Então hoje, marolas não são mais problemas.

Você já teve aquela pranchinha que guardava só para a hora das baterias?
Sim, tem essa pranchinha direto, mas é engraçado porque a gente acha a prancha muito boa e você fala “vou guardar para a bateria”, mas quando você fica muito tempo sem usá-la, ela parece ser diferente depois. Então, esse equilíbrio de ter a prancha no pé, amassadinha e ir confiante com ela. É bom guardar para os momentos mais importantes. Então, não dá para guardar tanto nem usar tanto. Isso causa uma confusão quando você acha uma prancha muito boa.

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