“Mascotes atuam como uma espécie de ‘embaixadores’ do evento e, na maior parte das vezes, representam a cultura e os valores locais. Têm como um dos principais objetivos fazer uma conexão emocional com o público, especialmente com as crianças, tornando o evento mais acessível e divertido”, explicou Ivan Martinho, presidente da WSL na América Latina.
De fato, mascotes costumam marcar gerações e são presenças constantes nos principais eventos esportivos. Nas modalidades coletivas, são figuras importantes na interação entre equipe e público. No Brasil, todos os clubes de futebol possuem mascote. Na NBA, por exemplo, são atrações também durante os intervalos das partidas em várias promoções e brincadeiras realizadas pelos times.
A primeira aparição aconteceu em 1966, na Copa do Mundo da Inglaterra, com o leão Willie. No mesmo ano, Flipper, um golfinho, começou a representar o Miami Dolphins em sua temporada inaugural na NFL.
Nos Jogos Olímpicos, este tipo de personagem também virou tradição. Nos Jogos de Inverno de 1968, em Grenoble, na França, o simpático cãozinho Schuss foi introduzido como primeiro mascote oficial e apresentado ao mundo. De lá para cá, nunca mais ficaram longe de nenhuma edição de uma Olimpíada, tanto de Verão quanto de Inverno.
Ao longo das décadas, inclusive, muitos viraram verdadeiros ícones e deixaram uma marca duradoura na memória dos fãs. Exemplo disso é o ursinho Misha, mascote dos Jogos Olímpicos de Moscou, em 1980, que se tornou um símbolo daquela competição e virou um dos personagens mais populares de todos os tempos.
Gilmar Rocha de Magalhães, secretário municipal de Meio Ambiente de Saquarema, falou sobre a importância do animal na representação da cidade e a possibilidade de promover a cultura local:
“Não há escolha melhor do que o animal que serviu de inspiração para os nossos povos originários e que empresta seu nome a nossa bela Saquarema. Soco-rema significaria ‘bando de socós’, referindo-se a uma espécie de ave pernalta que abunda a lagoa. Ave de hábito aquático, assim como a prática do surfe, representa o resgate e o protagonismo da nossa história, além de representar a valorização de nossa fauna”, afirmou Magalhães.
Essa iniciativa, de acordo com o secretário municipal, pode despertar também a conscientização e a sensibilidade do público visitante sobre a importância da preservação e a integração das atividades humanas com a natureza: “O crescimento das cidades não deve diminuir nosso contato com a natureza e mascote é capaz de criar esse vínculo, principalmente com crianças e jovens. Pode ser o primeiro passo para conscientização ambiental e a construção de uma nova relação entre o homem e a natureza”, concluiu.
A ideia da organização é fazer com que o Saquá se torne figura marcante na cidade litorânea do Rio de Janeiro. Para isso, a criação de sua imagem foi toda projetada e desenvolvida em conjunto entre a equipe criativa da WSL e um estúdio especializado, com opções que melhor representam o pássaro de forma alegre e simpática.
O estilo de vida descontraído e positivo, associado à cultura do surfe e às praias de Saquarema, também foi outro elemento refletido. Além disso, a ave receberá o nome de Saquá, em homenagem à região de onde vem, vestirá ainda uma lycra amarela – na WSL os surfistas que a usam são os líderes do ranking na temporada – e nas costas terá o número 06, em referência ao número de etapas do CT que a cidade de Saquarema já recebeu até o momento.
Produtos relacionados ao Saquá – a princípio chaveiros e camisetas infantis – também serão produzidos e vendidos inicialmente na loja de itens oficiais do evento, que fica na Praia de Itaúna e faz parte da estrutura montada pela organização. A ideia é que os itens, posteriormente, sejam disponibilizados no site da organização (wslstore.com.br).
Com etapas do Championship Tour, Challenger Series e outros eventos da modalidade, a cidade de Saquarema já é conhecida como o “Maracanã do Surfe” e conhecerá, em junho, o novo vencedor do Vivo Rio Pro. Em 2023, o brasileiro Yago Dora terminou em primeiro lugar após garantir uma nota 10 na bateria final do evento.
Sobre a World Surf League:
A World Surf League (WSL) é a casa do surf competitivo no planeta, coroando campeões mundiais desde 1976, apresentando os melhores surfistas do mundo. A WSL supervisiona o cenário competitivo global do surf e estabelece o padrão para o desempenho de alta performance no ambiente mais dinâmico de todos os esportes. Com um firme compromisso com os seus valores, a WSL prioriza a proteção do oceano, a igualdade de gêneros e a rica herança do esporte, ao mesmo tempo que destaca a progressão e a inovação. Para mais informações, visite o WorldSurfLeague.com.