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Entrevista exclusiva com o videomaker e diretor Marcelo Garcia

O Ricosurf conversou com o videomaker e diretor Marcelo “Gargamel” Garcia, que entre outros projetos dirigiu programas como Diários das Ilhas, Oitenta e Tal, e Hidrodinâmica, todos para o Canal Off

Escrito por

Gerson Filho

|

Publicado em:

27/05/2022

|

Atualizado em:

30/05/2022

-

16:36

|

4 min de leitura

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O Ricosurf conversou com o videomaker e diretor Marcelo “Gargamel” Garcia, que entre outros projetos dirigiu programas como Diários das Ilhas, Oitenta e Tal, e Hidrodinâmica, todos para o Canal Off. Seu último projeto está em andamento e trata-se de um documentário sobre o período em que ficou “preso” nas Ilhas Maldivas, onde estava produzindo fotos e vídeos. A aventura inclui altas ondas e muitos perrengues também. Garcia, que é carioca, também esteve à frente de projetos relacionados à Moda em São Paulo. Vale conferir.

Gerson Filho: Fale sobre como começou na profissão?
Marcelo Garcia:
Na verdade no início da minha carreira, fui morar em São Paulo e não fazia nada relacionado a surfe. Era muita moda e vídeos institucionais. A primeira foi um projeto para a Renault/Rip Curl com o Bruno Santos, no qual ele dirigia o carro viajando pelo Litoral Brasileiro. Foi bem pontual, depois disso participei no documentário sobre o Dadá Figueiredo, que apesar de ser surfista, tinha uma pegada mais voltada para o personagem em si.

Gerson Filho: Fale sobre como começou nas produções relacionadas ao surfe?
Marcelo Garcia: Em 2015 o Grupo Sal, Rafael Mellin, me convidou para dirigir as gravações externas do “Oitenta e Tal”. Depois dirigi o programa “Nove Pés” com o Phil Rajzman e Chloé Calmon. Na sequência fui para o Havaí, e eu acho que foi bem legal, veio tudo na hora certa. E eu vim de São Paulo com a experiência de outros projetos, e dai encarei o surfe como mais um projeto. Pra mim não tem muita diferença entre trabalhar com surfe ou outro assunto. Até porque é um mercado difícil e eu sempre gostei de fazer coisas bem feitas mas não necessariamente precisaria ser com o surfe. De 2015 em diante, fiz vários projetos com o Grupo Sal para o Canal OFF.

 

Marcelo Garcia com sua monoquilha – Foto: arquivo pessoal

Gerson Filho: Quais produções você participou que merecem destaque?
Marcelo Garcia: No Havaí foram cinco temporadas fazendo Diários das Ilhas, Oitenta e Tal, a segunda temporada do Hidrodinânica, gravando com os shapers, e inclusive trouxe 17 pranchas do Havaí para o projeto. Foi uma roubada gratificante.

Gerson Filho: Como manter um trabalho diferenciado com tanta tecnologia acessível?
Marcelo Garcia:
Acho que o mais importante é você pensar na história que você quer contar. Tentar contar a história de uma maneira diferente. Porque o que mais tem é clipe de surfe, com imagem e música, que também tem seu propósito, pra você relaxar, só ver a performance, não tenho nada contra, mas acho que não é por ai. Mas é sempre válida a preocupação com relação ao que você realmente quer passar. Acho que o ideal é você assistir bastante coisas diferentes, prestando atenção em como você pode aplicar em uma produção de surfe. Acredito que tudo é válido se você prestar atenção e imaginar como você poderia colocar isso em uma história de surfe.

Gerson Filho: Quais são os profissionais da área que lhe inspiram?
Marcelo Garcia:
Eu não tenho isso de diretor preferido, fotógrafo preferido. Acho que assim, a turma do Grupo Sal, O Rafael Mellin e toda a equipe, tem uma preocupação em passar um bom conteúdo. De passar uma informação relevante, não é porque eu faço os projetos com eles. Mas se olhar o Oitenta e Tal, ou o Setenta e Tal tem um conteúdo. Acho que eles têm um trabalho de primeira. É até engraçado, uma vez a gente fazendo o Diário das Ilhas, a gente sempre procurava um shaper local. E uma vez falei com o Rafael: olha nós temos o fulano e o ciclano para entrevistar, acho que era o Erik Arakawa, e ele me disse que já havia entrevistado ele há quatro anos atrás. E isso mostra uma relação com o conteúdo. E se você perceber várias produções não tem esse conteúdo. Se você quer fazer uma produção legal, precisa de um bom roteiro, de pesquisa…

Gerson Filho: Em quais projetos você está trabalhando atualmente?
Marcelo Garcia:
Atualmente estou editando o documentário nas Maldivas, que provavelmente se chamará “Lock-down no paraíso”, também estou trabalhando em um projeto relacionado com surfe e skate nas Olimpíadas, além de estar trabalhando em um curta com o Bagé, que é meu amigo de infância, e com os filhos dele. É uma família totalmente voltada para os esportes com prancha.

Gerson Filho: Qual a importância das midias sociais em seu trabalho?
Marcelo Garcia:
Mídias sociais eu não sou dos caras mais presentes não. Inclusive é engraçado porque eu não tinha Instagram e comecei a gravar o Oitenta e Tal, e conversando com o Mellin ele me falou que tínhamos que trabalhar em uma plataforma nova, ele também não posta muita coisa mas ele me falou algo que ele me convenceu. É uma plataforma, a gente tem que estar por dentro porque você pode precisar fazer uma projeto para essa plataforma, como aconteceu para a Heinneken. Eu não posto muito, não marco ninguém e nunca coloquei uma hashtag. Talvez até eu esteja errado, por não ter essa verve das midias sociais. Mas eu uso mais para me comunicar com meus amigos.

Lock-down nas Maldivas – Foto: reprodução Instagram

Gerson Filho: Quais produções você participou, relacionadas ao surfe, que merecem destaque?
Marcelo Garcia: Acho que no mundo do surfe, Oitenta e Tal é minha série preferida. Eu dirigi as gravações externas, nas quais a gente tinha que recriar todas as cenas, e foi a minha preferida porque tinha toda uma preocupação com o figurino, com a estética de época, a gente teve que recriar algumas cenas, tinha uma história, uma preocupação com isso. Por isso foi a que eu mais gostei. Foi a primeira que eu fiz. Eu não conhecia ninguém do mundo do surfe, fiz vários amigos gravando essa serie e foi muito bacana. O documentário sobre o Dadá Figueiredo “Radical” também me deu muito prazer em fazer pois eu fiz com uma turma que não era do surfe, e é o que eu havia falado antes, o documentário do Dadá é um documentário sobre a cena, e o Dadá é o personagem anti-herói. Enfim, eu tenho muito orgulho desse projeto. Acho que a edição, o roteiro, é completamente diferente de tudo que o mundo do surfe está acostumado a ver. O Raphael Ericksen que é meu amigo que dirigiu o projeto e fez o roteiro, eu admiro muito o trabalho dele.

 

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