No Brasil para acompanhar sua equipe no Rio Pro, shaper Marcio Zouvi elogia etapa. “É um evento referência para os gringos em relação a como os brasileiros sabem fazer um campeonato associado a várias coisas em paralelo, que atrai um público enorme”.
Shaper de surfistas do calibre de Filipe Toledo, Tatiana Weston-Webb, Kanoa Igarashi, Jack Robinson, Leonardo Fioravanti e Johanne Defay, Marcio Zouvi, da SharpEye Surfboards, veio ao Brasil acompanhar de perto sua equipe no Rio Pro. Bem amparado no Rio de Janeiro pela concessionária Riozen Toyota, Marcio levou dez pranchas para Saquarema e apresentou lugares paradisíacos da Região dos Lagos para sua esposa.
Atual terceiro colocado no CT Shaper Rankings da WSL, Marcio elogiou a organização do Rio Pro e entende que o evento é referência para os estrangeiros. “Achei um evento, como no ano passado, bem organizado. É um evento referência para os gringos em relação a como os brasileiros sabem fazer um campeonato associado a várias coisas em paralelo, que atrai um público enorme. Não necessariamente um público surfista, mas um público grande o suficiente para atrair os investidores e os patrocinadores que querem ver o retorno. Então, nesse ponto, o brasileiro faz muito bem. Literalmente faz como se fosse um festival”, afirma.
Marcio Zouvi chegou um pouco antes da etapa brasileira do tour mundial começar, visitou familiares na cidade do Rio de Janeiro e em seguida foi para Saquarema. ” Saí daqui com dez pranchas e sempre é importante ter um carro bom carregá-las. Então a parceria com a Toyota tem sido boa. É o segundo ano que a gente faz com a concessionária Riozen. Pegamos uma Hilux alucinante, que é o que a gente precisa, porque são muitas pranchas”, disse o shaper.
Como Rio Pro ficou no total seis dias sem disputas, com a WSL e os atletas aguardando as ondas, Márcio pegou a Hilux e apresentou Arraial do Cabo a sua esposa, que não conhecia as belezas naturais da cidade da Região dos Lagos.Márcio voltou para a Califórnia (EUA), onde vive há 36 anos, e já começou a produzir as pranchas dos atletas para a última etapa antes do WSL Finals, que acontece no Taiti. Os equipamentos para o próximo evento, em Jeffreys Bay, África do Sul, já estão prontos desde a viagem de Marcio ao Rio. Com os intervalos entre uma competição e outra são curtos, os atletas nem passaram pela fábrica após o Rio Pro.
“Neste momento já estou fazendo as pranchas do Taiti aqui na Califórnia. As pranchas de J-Bay foram feitas antes de ir para o Rio, porque os intervalos de um campeonato para outro são muito curtos, eles (atletas) saíram do Rio e já foram direto (para África do Sul). Estou mandando um chefe de equipe para levar uma capa grande a alguns atletas, mas a maioria já pegou suas pranchas para J-Bay. Isso tem dificultado um pouco, essa segunda metade do circuito tem ficado muito corrida, praticamente uma maratona. Então, você tem que ficar um campeonato ou dois na frente”, expressa.
Sobre o mercado de pranchas no Brasil, Marcio diz que é grande por conta da modalidade que cresce a cada ano no país. Para o shaper o surfe é um esporte barato e que os equipamentos estão melhores, com muita qualidade. Ele torce para que haja mais organização e que os preços sejam justos.
“O mercado de pranchas no Brasil é grande. O surfe no Brasil é um esporte que cresce cada dia mais, a popularidade vai aumentando. Tem uma costa enorme, tem muita opção de surfe. Por incrível que pareça, o surfe é um esporte barato. Depois da prancha, se você mora perto da praia você não precisa de mais nada. Outros esportes você precisa investir muito mais em equipamentos, o tempo todo. A qualidade da prancha brasileira é muito boa. Inclusive, eu uso a fábrica do Brasil para exportar para a América do Sul. A gente faz no Brasil e manda para Costa Rica, Chile e Uruguai. A prancha está aceitável, de qualidade, e isso é bom. Vamos torcer para que haja mais organização, com pranchas de qualidade e, claro, preços acessíveis para que todos possam ter e se divertir”, finaliza.